O encontro entre Jesus e a mulher samaritana não aconteceu em um grande evento evangelístico com luzes coloridas, som potente, cadeiras acolchoadas e ar-condicionado. Pelo contrário, ocorreu à beira de um poço, em meio à simplicidade.
Podemos utilizar diversos recursos em nossas igrejas e ministérios, mas nunca devemos perder de vista a essência do evangelho, distinguindo o que é essencial daquilo que é apenas acessório.
A conversa teve início quando Jesus pediu à mulher: “Dá-me de beber”. O sedento precisa de água, pois essa é sua necessidade fundamental. No entanto, a mulher acreditava que Jesus precisava de um balde. Sabemos, porém, que, considerando Seu poder, Ele não necessitava de um recipiente nem mesmo do poço.
Além da sede física, aquela mulher também sofria de uma carência emocional. Em busca de preencher esse vazio, teve seis maridos, mas a abundância nunca basta para os insaciáveis. Sua vida amorosa havia ultrapassado todos os limites.
Além disso, estava evidente sua sede espiritual. Para ela, a adoração precisava ocorrer em um templo ou em um monte específico. Mas Jesus lhe revelou:
“A hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (João 4:23).
Nossa liturgia pode envolver inúmeros elementos materiais e emocionais, mas será que estamos verdadeiramente adorando em espírito e em verdade?
Podemos usufruir de diversos recursos, mas precisamos ter cautela para não nos tornarmos dependentes deles, conformando-nos com o que é passageiro. Só adoramos quando estamos no templo? Só louvamos quando há instrumentos eletrônicos?
Podemos oferecer apresentações impecáveis, mas Deus busca espiritualidade e verdade. O que Ele espera de nós? Fé, obediência e santificação.
Em diversas áreas da vida, corremos o risco de dar mais atenção ao supérfluo do que ao essencial. Acima de tudo, devemos valorizar a presença de Jesus, pois Ele é a verdadeira essência do evangelho.